domingo, 3 de abril de 2016

(In)sanidade mental.



Penso na vontade que tenho que todas as pessoas que estão (sempre) à nossa volta desapareçam; mesmo que só esteja uma pessoa por perto, longe o suficiente para não nos ouvir, sinto que sempre que estamos juntos temos uma multidão por perto. Penso, depois, no que gostava que acontecesse se estivéssemos (completamente) sozinhos: acredito que penses no mesmo. Sinto que “nós” – que isto tudo que nos une – é tão certo que chego a duvidar da minha (in)sanidade mental. Espero o momento certo para te sorrir – enquanto peço mais uma vez para estarmos sozinhos – porque sei que me vais sorrir de volta; e tu sabes, o teu sorriso não é justo. O teu sorriso é o mais injusto de todos, porque me faz ter a certeza de que te quero por perto, de que te quero tocar e de que, vá para onde for, te vou levar comigo. E depois percebo – no meio da minha tentativa de te sorrir melhor, não quero por nada ficar atrás da tua injustiça – que talvez o teu sorriso seja apenas tão justo como tu: espontâneo e verdadeiro como és sempre que olhas para mim. Percebo, quando finalmente tenho que desviar o meu olhar do teu, que não fazes a mínima ideia do quão bonito és e do que me fazes sentir: não sou a mesma desde que começaste a olhar para mim. 
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