quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

De volta ao início #3


Numa parte do tempo penso na força e na determinação que preciso de encontrar para conseguir, da melhor maneira possível, enfrentar tudo o que vem pela frente. Na força que preciso para perceber que a realidade nem sempre é o que parece e que aquilo em que queremos acreditar, desesperadamente, nem sempre pode ser verdade. E depois, terei que encontrar a determinação para dizer a mim mesma, e a quem precise de ouvir, que as certezas são jóias raras e, por isso, quase inexistentes: quando as encontramos, temos que nos agarrar a elas como se a nossa vida dependesse disso.
Mas enquanto me faltar a força e a determinação, sei que vou passar a maior parte do meu tempo a pensar em ti e na maneira como fazes o meu coração disparar de cada vez que olhas para mim. Vou pensar nos dias em que não te posso ver e em que o meu coração acelera ainda mais; e depois em todos os segundos do meu dia em que vagueias pela minha cabeça – chego a pensar que te mudaste para lá – e que não me deixas colocar os pés no chão e sentir a realidade (ou será esta a minha realidade agora?). E até quando adormeço e espero alguma paz, lá estás tu a aparecer em todos os meus sonhos; e sou tão feliz quando sonho contigo. Na verdade, talvez sejas exactamente a paz de que preciso: este alvoroço que não me deixa respirar, que me faz acordar angustiada por saber-te tão longe (e tão perto) e por estas terríveis saudades que sinto de ti (e por ti) em antecipação. 

(Prometo voltar em breve e explicar o motivo da minha ausência. Vim desejar-vos um Bom Natal e deixar-vos um pequeno presente :) )

2 comentários :

  1. Muitas vezes, a paz que precisamos vem camuflada. E tudo aquilo que nos falta é o que acabamos por encontrar onde menos estamos à espera.
    Que texto maravilhoso! Já tinha saudades de te ler.

    Feliz Natal, minha querida :) *

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