sábado, 29 de outubro de 2016

É como criar dias de sol nos dias de tempestade.


É quase como deixar que os meus dedos deslizem pelo teclado e criem qualquer coisa. É isso. É como criar. É como criar dias de sol nos dias de tempestade ou, então, dar aos vilões a dignidade suficiente para conseguir sentir falta deles. Acho que é o mais parecido, que conheço, com um mundo encantado, daqueles que não existem. É como se me sentasse em frente ao computador e procurasse inspiração no fundo de mim, naquilo que eu sinto ou já senti, mas depois virasse tudo ao contrário.
E viro mesmo tudo ao contrário. Experimento ver o meu mundo do avesso, enquanto sei que nada do que crio é verdade. Só quero tentar perceber como seria tudo de outra forma, se eu tivesse mesmo que estar num papel que não deveria ser o meu. Só para aquele acaso improvável de o meu papel, realmente, mudar.
Até lá, vou-me rindo, porque, no final de contas, é só mais uma brincadeira. Até ao dia.
Até ao dia em que acordas com a vida do avesso, num papel que não é o teu – nem devia ser o de ninguém -, e percebes que imaginar poder ser mesmo fantástico. Tão fantástico que (quase) se torna fácil perceber, depois, o que aí vem.

2 comentários :

  1. Vamos criando as nossas realidades alternativas, os nossos pontos de refúgio, os nossos pequenos nadas que se revelam tanto. E enquanto essa vontade persistir, não perderemos a imaginação
    Adorei!

    r: Muito obrigada *.*

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