«Convidei-te a sair da minha vida várias vezes e desafiei-te, outras
tantas, a ficares se tivesses coragem para viveres uma vida plena ao meu lado.
Foste ficando, mas hoje sei que não foi pela coragem e sim pela cobardia que te
impediu de mudares o rumo das coisas.
Lembras-te daquela vez em que discutimos sobre a relação que eu tinha com
os meus amigos? E daquela em que nos zangamos por eu ter saído num dia em que
ficaste em casa? Ou então da outra vez em que tentaste convencer-me a não
viajar com a Luísa porque tu não podias ir? E estas discussões foram se
repetindo (vezes sem conta) ao longo dos anos; em quase todas elas eu
convidei-te a sair da nossa vida e expliquei-te – com alguns gritos pelo meio –
que se eu não era uma mulher suficiente para ti e se precisavas de “melhor”
devias, mesmo, ir embora. Cresci com uma convicção muito forte de que não vale
a pena ter alguém ao nosso lado que não seja – no mínimo – insanamente feliz. E
não quero com isto dizer que os momentos tristes e menos bons não façam parte
das relações (porque fazem); no entanto, mesmo com esses momentos, existe a
certeza de que a felicidade que sentimos está lá, pronta para aparecer depois
da tempestade.
Muitas vezes tive a sensação de que, para ti, essa sensação de felicidade
ao virar da esquina não estava lá. Durante muito tempo perguntei-me o que
estaria a fazer de errado – será que o problema era meu? Tentei perceber se
devia mudar alguma coisa e se havia algo de errado com todo o amor – e paixão –
que sentia por ti. Confesso que não encontrei nenhuma resposta e, depois de te
convidar a sair muitas vezes, acabei por perceber que quem esteve sempre mal
foste tu. Na verdade, quem não me respeitou como mulher foste tu – ou estavas à
espera que eu cedesse a todos os teus caprichos?
Comecei a pensar que os (alguns) homens não gostam nada de mulheres
seguras, que lhes saibam fazer frente e que, na maioria das vezes, levem a sua
vontade avante. Percebi isso, definitivamente, no dia em que te disse que ia
para Barcelona; mas a verdade é que antes disso mostraste-me infinitos sinais
de que eras um desses homens. Vais ser sempre assim: o cobarde machista que não
suporta mulheres seguras de si.»
Sei que tenho andado um bocadinho desaparecida e que este mês a frequência das publicações não tem sido a melhor. Mas não tenho estado parada, continuo a dar aos dedos e a escrever sempre que posso; por isso, hoje trago-vos mais uma publicação da saga Ideias (mais ou menos) Descabidas para vos provar isso mesmo. Leiam e deixem o vosso feedback! :)
Está absolutamente incrível!
ResponderEliminarr: Sim, também sabe bem que alguns momentos fiquem apenas na nossa memória :)
ResponderEliminarAdorei!!!! Segui! Beijinho!!!
ResponderEliminarhttp://vivo-na-hesitacao.blogspot.pt/
texto muito bonito e forte. Espero que passes mesmo do blog ao papel :)
ResponderEliminarE Felizmente há homens para quem uma mulher segura é a maior beleza do mundo!
Um beijinho!
Gosto da tua convicção! És cá das minhas!
ResponderEliminarBjxxx