sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Pequenas histórias #7


Raras são as vezes em que o meu coração acelera tanto que mal me deixa respirar; quero-te tanto (mas tanto) que imaginar que podes não acontecer me vai matando aos bocadinhos. Repito – mil vezes – para mim que vai chegar o teu dia e que vais aparecer, mais do que perfeito, para que toda a gente te veja; então, vão saber que és real. Real como todo o trabalho (e dedicação) que tive para que ganhasses vida; real como só eu sei que és – acredito que um dia (todos) os outros te darão o mesmo valor que eu.
Recordo-me das vezes em que, eu própria, não te dei o devido valor e te deixei esquecido; acredito que depois de tudo o que passámos nos últimos tempos tenhas conseguido entender os meus motivos e perdoar-me. Respostas tuas nunca terei, pelo menos não directamente, mas quando toda a gente te conhecer (quase tão bem como eu) receberei todas as repostas que sempre precisei e talvez não me restem dúvidas do caminho que escolhi.
Raramente tenho certezas absolutas, ou não tivesses tu aparecido dessa ausência; não existe nada mais delicioso do que um mar de dúvidas para me perder (encontrar). 

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