(quem me dera) que o teu ouvido estivesse sempre cá, para
eu poder gritar todas as raivas que me passam pela cabeça, que o teu ombro
fosse o meu amparo, nestes dias de chuva, que o teu peito fosse a minha
almofada nas noites de insónias, e naquelas em que durmo nos intervalos dos meus
sonhos, onde acabas sempre por aparecer. Que não tivesse que dizer nada, que os
olhares, os gestos e até os silêncios que não pareço dizer, mas que são como as
palavras mais difíceis de sentir entre os lábios, fossem sempre suficientes
para saberes que não há falta maior do que aquela que me fazes, todos os dias.
(quem me dera) que nunca tivesses que saber toda a falta que me fazes, porque
ias com certeza estar sempre aqui, comigo.
CateAndrade
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