Nascem e morrem de repente. Nem
sei que nome lhes dar. Fazes parar as minhas sinapses, perco-me de mim e sei
tão bem o que dizer que não digo. Soltam-se os sentimentos mais puros e mais
feios que conheço, em gestos e olhares. As palavras morrem antes de nascer. Fazes de mim um figurante quando sabes melhor que ninguém que o protagonismo é
para mim agora. As lágrimas enchem-me os olhos, obrigado por fazeres de tudo
para nunca me esquecer delas. Nascem umas atrás das outras, como células
cancerosas, sem programação de morte. Revejo-me por dentro vezes sem conta,
chego mesmo a odiar tudo, até que percebo que és tu que vês mal, que só olhas
para o que não sei fazer melhor. Que me lês os defeitos como quem me lê a alma de raspão, como quem não
me conhece nem com os olhos de ver por fora. Nunca soubeste lidar comigo.
CateAndrade
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