terça-feira, 4 de novembro de 2014

Come on skinny love just last the year.

É como se fizesse tudo ficar mais fácil, ou talvez só menos difícil. Tento dar menos importância, e sentir um bocadinho menos. Prometo a mim mesma que amanhã muda tudo, aliás, prometo que hoje, hoje tudo vai mudar. Mas não agora, neste momento, não posso. Afinal preciso de tempo, não é? Toda a gente precisa de tempo. Ensaio qualquer coisa que se pareça com uma despedida, só para ter a certeza de que não vou voltar, nunca mais.

E passam dias, semanas e até meses, e eu continuo aqui. A inventar desculpas, despedidas, fórmulas mágicas de tornar tudo mais fácil, menos doloroso. Não vai doer menos por isso, aliás, não dói menos por isso. Mas parece que vai ficando tudo escondido, e vou-me esquecendo, dou menos importância e quase deixo de sentir, tudo. Na verdade é só uma máscara, atrás da qual eu me sinto terrivelmente confortável e, incrivelmente, segura. Ninguém me vê e eu, só vejo o que quero e posso.
Só há um problema: o momento em que a máscara cai. É como uma tempestade, pouca coisa fica por destruir e os dias seguintes são esmagadores. Depois, segue-se a árdua tarefa de reparar tudo, mais uma vez, de colar as partes que sobraram, levantar a cabeça e continuar. Mesmo que os dias pareçam intermináveis, que tudo pareça em vão no momento e que a única opção pareça ser desistir. Mesmo que doa, mais do que tudo. É preciso seguir em frente, sempre.

Mesmo que seja preciso começar de novo, do zero e construir tudo, outra vez. E se for preciso chorar, todos os dias até não sentir mais nada, então vou chorar. Vou-me desfazer de tudo o que conseguir, para recomeçar do ponto em que parámos.

CateAndrade

Não existe uma maneira perfeita de começar, nem de dar os primeiros passos. Que este seja o primeiro de muitos passos neste blogue, que andou perdido até encontrar a luz do dia. 

Sejam bem-vindos! :)

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