segunda-feira, 6 de abril de 2015

Foram quase certezas que acertamos.


Não quero chamar-te à razão, porque a razão não é de todos e eu sei que a minha nem sempre é a tua. Interpretar os teus sinais e amá-los incondicionalmente dá mais cabo da minha alma que do meu coração. Duvido do que sou e o que quero em tantos instantes, que me parece impossível não cair em cada esquina mais escura que me aparece. Não te posso estender mais a minha mão, senão lá se vai outro braço, e em vez de te ajudar poupo-te trabalho que só tu podes acabar. Abrir-te os olhos seria entregar-me demais. Seria mostrar que tenho estado sempre, ou quase sempre, no teu caminho a passar-te a mão na cabeça de cada vez que não consigo compreender as tuas certezas.
Se fosse tão fácil compreender o que te vai na alma como o que te passa à flor da pele em (quase) todos os instantes, teria sido menos difícil acertar certezas que ambos soubemos falhadas antes de as sentir, por ser tão óbvio tudo o que se passa à nossa volta. Não falhámos como toda a gente, mas ficamos sem saber se o bonito podia (ou não) continuar. Ficamos sem saber.   

4 comentários :

  1. Absolutamente incrível! Hei-de repetir-me sempre, mas escreves mesmo bem.

    r: O texto já é de 2009, fico mesmo feliz por teres gostado *.*
    Beijinhos*

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  2. que texto lindo é profundo ^^

    Com carinho, Hina |Aishiteru em Contos |

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  3. Uau adorei o texto. Parabéns pelo blog!

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