sexta-feira, 10 de julho de 2015

Pequenas histórias #4


Se não fosse a tua ausência permanente e irremediável, muito provavelmente nunca te agradeceria como sempre mereceste. Mas é sempre assim, não é? Só nos lembramos – verdadeiramente – das pessoas que nos fazem falta quando elas teimam em desaparecer. E depois é tão tarde para agradecer tudo, de uma só vez, que não é fácil saber por onde começar. Por isso, vou começar e acabar no mais importante: tu.
Acima de tudo, gostava de te agradecer por teres feito parte da minha vida e me teres ensinado tantas lições – as maiores quando já estavas tão longe. Por, de tantas formas, teres feito de mim o que sou hoje: em mim estarás sempre vivo. É, também, por isso que hoje sei que as tuas borboletas nunca morrerão dentro do meu estômago; obrigada por não as teres levado contigo. Na verdade, o que quero mesmo é agradecer-te por as teres deixado comigo no nosso primeiro encontro, durante o nosso primeiro beijo; e quero dizer-te mil vezes obrigada por me teres permitido descobrir o que era estar – estupidamente – apaixonada. Por me teres ensinado, mesmo sem saberes, que quando amamos alguém o nosso coração descai, ligeiramente, para baixo e mergulha numa piscina de borboletas inquietas; e por me teres permitido descobrir que essas borboletas são muito mais do que a metáfora da qual nasceram.

Nota: Hoje é o dia da publicação nº 100 :)

2 comentários :

  1. Gostei muito :) Parabéns pela publicação nº100

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  2. Ainda insistimos na ideia de não dar o devido valor às pessoas quando as temos perto.
    Adorei o texto, obviamente!

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