«Lembro-me do nosso primeiro encontro. Não me lembro como se tivesse sido
hoje, mas como se tivesse acontecido ontem – recordo a sensação maravilhosa do
dia seguinte e de o reviver (até à exaustão) naquela manhã de sábado. Lembro-me
das mil borboletas que semeaste no meu estômago nessa noite – se fechar os
olhos ainda as consigo sentir – e da vontade que tive de ficar contigo até de
manhã.
Levaste-me a jantar e passámos o tempo todo a conversar. Não houve nem um
segundo em que faltasse assunto ou vontade de falar – quantas pessoas
encontramos na vida com quem isso acontece? Eu, até hoje, encontrei poucas e
nenhuma como tu. Querias saber tudo sobre mim e ouviste todas as minhas
respostas como se fossem as mais interessantes e importantes do mundo. Senti
que, naquele momento, não havia ninguém a ser ouvida assim. Falámos de tudo e de
nada, rimos muito (mesmo) e no final do jantar não tiravas os olhos de mim,
como se eu fosse fugir se me perdesses de vista. Não consegui decifrar o teu
olhar naquele dia – nem em nenhum dos milhares de dias que tivemos depois desse
–, mas a certeza de que estavas ali, inteiro, e que me querias só para ti foi
tão forte que soube que perder-me no teu olhar, e em ti, ia ser apenas uma
questão de tempo – estava completamente apaixonada por ti.
Quando saímos do restaurante sentia-me a flutuar – só pensava que não
tinha bebido assim tanto – e não conseguia parar de sorrir. Continuaste a falar
– e eu já gostava tanto do som da tua voz – e perguntaste-me, quase em jeito de
resposta, se eu sabia como era bonita e como era impossível tirar os olhos de
mim. Foi o único momento da noite em que um de nós ficou sem palavras – eu; e
enquanto tentava sorrir, esconder a minha cara, que devia estar mais do que
corada, e dizer alguma coisa – isto tudo mais ou menos ao mesmo tempo -, tu
olhaste, bem fundo, nos meus olhos e puxaste-me para ti. Colocaste uma mão nas
minhas costas, a outra na minha face e puxaste-me para ti com toda a força e,
ao mesmo tempo, com todo o carinho. Fiquei a escassos centímetros da tua cara,
dos teus olhos, da tua boca e foi então que, com um pequeno movimento, te
chegaste à frente e me beijaste – os teus lábios nos meus lábios. Nesse momento,
percebi exactamente o que queria dizer aquela velha expressão “borboletas no
estômago” – senti que no meu moravam todas as borboletas do mundo.»
Continuo desaparecida, mas sempre a escrever! :)
Nunca pares de o fazer, porque é mesmo um gosto ler o que escreves!
ResponderEliminarQue texto tão autêntico ^^ - e que saudades do primeiro encontro :)
ResponderEliminarhttp://amarinar.blogspot.pt/2015/06/cabelo-cor-de-rosa-novo-video.html