Não quero chamar-te à razão,
porque a razão não é de todos e eu sei que a minha nem sempre é a tua.
Interpretar os teus sinais e amá-los incondicionalmente dá mais cabo da minha
alma que do meu coração. Duvido do que sou e o que quero em tantos instantes, que me parece impossível não cair em cada esquina mais escura que me aparece.
Não te posso estender mais a minha mão, senão lá se vai outro braço, e em vez
de te ajudar poupo-te trabalho que só tu podes acabar. Abrir-te os olhos seria entregar-me demais. Seria mostrar que tenho estado sempre, ou quase
sempre, no teu caminho a passar-te a mão na cabeça de cada vez que não consigo
compreender as tuas certezas.
Se fosse tão fácil compreender o
que te vai na alma como o que te passa à flor da pele em (quase) todos os
instantes, teria sido menos difícil acertar certezas que ambos soubemos falhadas
antes de as sentir, por ser tão óbvio tudo o que se passa à nossa volta. Não falhámos como toda a
gente, mas ficamos sem saber se o bonito podia (ou não) continuar. Ficamos sem
saber.
Absolutamente incrível! Hei-de repetir-me sempre, mas escreves mesmo bem.
ResponderEliminarr: O texto já é de 2009, fico mesmo feliz por teres gostado *.*
Beijinhos*
que texto lindo é profundo ^^
ResponderEliminarCom carinho, Hina |Aishiteru em Contos |
Uau adorei o texto. Parabéns pelo blog!
ResponderEliminarQue texto profundo! Amei!
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