Às vezes chego a pensar, quase no limite da minha
(in)sanidade mental,
Se estás desse lado, em sintonia comigo, a pensar comigo e
em mim,
A sentir-me perto de ti como se nunca me tivesses perdido.
Consigo sentir, quase como se fosse real, a tua presença perto
de mim,
Os teus olhos nos meus, as tuas mãos a percorrerem-me
E os teus lábios a tocarem os meus.
É
Como se parte de mim não conseguisse viver
Sem a viciante tortura de te tentar perceber,
De te tentar acolher entre braços sem fim
E gritar-te bem baixinho ao ouvido
Que está tudo bem, que nunca te perdeste,
Que foi só um sonho mau e que eu estive sempre ali,
A olhar por ti,
A tomar conta de ti.
É
Como se parte de mim só conseguisse viver
Com um medo irresistível de não
querer passar o risco,
De não querer perder tudo outra
vez,
De não querer ser demais com
alguém,
Que bem ou mal,
Nunca seria igual,
Nem de longe nem de perto,
A ti.
Acho que é, também, por já não aguentar mais ter-te tão
perto,
Quando sei, melhor do que ninguém,
Que estás a mais de muitos quilómetros de distância
De tudo aquilo que se pode esperar de alguém.
(Prometo que volto à prosa, e às pequenas histórias de sexta-feira, na próxima semana!)