Se não fosse a tua ausência permanente e
irremediável, muito provavelmente nunca te agradeceria como sempre mereceste.
Mas é sempre assim, não é? Só nos lembramos – verdadeiramente – das pessoas que
nos fazem falta quando elas teimam em desaparecer. E depois é tão tarde para
agradecer tudo, de uma só vez, que não é fácil saber por onde começar. Por
isso, vou começar e acabar no mais importante: tu.
Acima de tudo, gostava
de te agradecer por teres feito parte da minha vida e me teres ensinado tantas
lições – as maiores quando já estavas tão longe. Por, de tantas formas, teres
feito de mim o que sou hoje: em mim estarás sempre vivo. É, também, por isso
que hoje sei que as tuas borboletas nunca morrerão dentro do meu estômago;
obrigada por não as teres levado contigo. Na verdade, o que quero mesmo é
agradecer-te por as teres deixado comigo no nosso primeiro encontro, durante o
nosso primeiro beijo; e quero dizer-te mil vezes obrigada por me teres
permitido descobrir o que era estar – estupidamente – apaixonada. Por me teres
ensinado, mesmo sem saberes, que quando amamos alguém o nosso coração descai,
ligeiramente, para baixo e mergulha numa piscina de borboletas inquietas; e por
me teres permitido descobrir que essas borboletas são muito mais do que a
metáfora da qual nasceram.
Nota: Hoje é o dia da publicação nº 100 :)
Gostei muito :) Parabéns pela publicação nº100
ResponderEliminarAinda insistimos na ideia de não dar o devido valor às pessoas quando as temos perto.
ResponderEliminarAdorei o texto, obviamente!