Sabes quanto tempo passou desde a última vez? Lembro-me, tão bem, de cada
segundo que passou depois da última noite em que te vi que podia jurar que
estou acordada desde então; podia – mesmo – jurar que esta falta que me fazes
me consome mais do que toda a nossa química quando estás por perto. Não sei,
exactamente, como qualificar este vazio em que me deixas. Na verdade, queria eu
não ter que sentir (nem dizer) que não há falta maior do que a que tu fazes na
minha vida, que não há ninguém no mundo inteiro que me faça tanta falta como tu
fazes. É como se não soubesse dizer, como se não soubesse traduzir em palavras
– daquelas que se desenham entre os lábios e nos soam aos ouvidos – tudo aquilo
que me fazes sentir quando não estás aqui. Seria tão mais fácil se não tivesse
que dizer nada, se entendesses os olhares, os gestos e até os silêncios que não
pareço dizer, mas que são como as palavras mais difíceis de sentir entre os
lábios.
No entanto, gostava de dizer – para que soubesses – que nem sempre são
rosas o que sentes em acasos perdidos; que nem sempre são rosas os olhares de
cortar a respiração que se transformam em noites de amor. É nesses momentos que
percebo quase tudo o que me deixa presa e raras vezes me deixa avançar; vejo,
claramente, que nunca te deixo ir embora de vez, que te guardo para te poder
abraçar sempre que alguém quer ocupar o teu lugar e eu sinto que não é igual a ter-te
a ti junto a mim.
E é por saber que continuas (sempre) à distância de um abraço que não
suporto a ideia de estar aqui, de me negar ao que mais quero: sentir-te comigo.
Adorei :)
ResponderEliminarSão pequenas histórias mas que nos dizem tanto mas tanto. Beijinho enorme
ResponderEliminarhttp://giselapascoal.blogspot.pt/
Muito bom! Gostei =D
ResponderEliminarHá pessoas que nos são tanto, que nos fazem tanta falta que tudo dói. E só queremos que o silêncio fale por nós, porque as palavras parecem não colaborar.
ResponderEliminarMais um texto incrível!